terça-feira, 1 de março de 2016

Nosferatu - Joe Hill

O que dizer dessa família que eu li pouco mas já considero "pacas"?

A cada livro que eu leio do King mas me surpreendo, e ler um livro do filho dele não foi diferente. Hill tem uma pegada bem parecida com o pai, o livro é ótimo, te faz querer ler mais a cada página, faz você sentir raiva e compaixão, tudo junto! Mas é um livro muito denso, pesado, e não só por ter quase 600 páginas.
                                       
     "As flores de papel-alumínio giravam descontroladamente e emitiam um barulho igualzinho a um   bando de crianças de bicicleta descendo desabaladas por uma ladeira."

         

O livro é dividido em vários personagens, tendo Vic e Manx como os principais. Vic é uma menina que você passa a amar, depois a odiar, depois a amar de novo. A evolução da personagem é bem controversa, te faz pensar como coisas simples podem mudar uma vida inteira.
Já Manx,é um cara bem carismático, eu me peguei varias vezes pensando em como ele poderia ser diferente e fazer do que ele tinha um verdadeiro paraíso, mas as coisa nunca são como deveriam.

Eu me apeguei muito a vários outros personagens, Maggie e ao Wayne, por exemplo. Cada um deles fez uma marquinha em mim e consegui aprender bastante com eles.

Como um livro do King, é um livro que precisa de paciência e calma na leitura, nada de sair atropelando, é um livro cheio de descrições e frases marcantes, é um livro que realmente marca. Espero que Hill continue assim! Espero mais livros dele.

"- É. Certo. Você é bem freudiana.
Só que não era. Aquilo não era a perereca da mamãe, não era o canal do nascimento; a moto não era o seu pau simbólico nem uma metáfora para o ato sexual, Aquilo era uma ponte que percorria a distância entre o perdido e o achado, uma ponte além do possível."